Projeto Político Pedagógico





Escola de Ensino Especial Bem me Quer/ APAE




Projeto Político Pedagógico












Ituiutaba
2013





 
I - INTRODUÇÃO

O Projeto Político-Pedagógico da Escola de Educação Especial Bem me Quer, continua expressando resultados de reflexões, participações e conclusões coletivas de uma equipe comprometida com os resultados educacionais, tendo como objetivo direcionar uma ação intencional com um sentido explícito.
Buscamos alternativas viáveis à efetivação de uma intencionalidade que procura ser integrante, expressando a filosofia de nossa escola, entendendo que o processo educacional é parte fundamental e determinante na formação do cidadão e seu desenvolvimento se dá pela crença na possibilidade transformadora da educação que propicia independência, liberdade, autonomia e auto-realização.
O projeto educativo é, pois, entendido como “o plano global da Instituição.” Nesse aspecto, comunga-se a visão de Celso Vasconcellos a respeito do Projeto Político-Pedagógico, uma vez que o mesmo é

Construído participativamente, é uma tentativa, no âmbito da educação, de resgatar o sentido humano, científico e libertador do planejamento. (...) Pode ser entendido como a sistematização, nunca definitiva, de um processo de Planejamento Participativo, que se aperfeiçoa e se concretiza na caminhada, que define claramente o tipo de ação educativa que se quer realizar. É um instrumento teórico-metodológico para a transformação da realidade. É um elemento de organização e integração da atividade prática da instituição nesse processo de transformação. (VASCONCELLOS, 1995:143)


O Projeto é uma tomada de posição diante da realidade, buscando resultados frente aos objetivos traçados os quais os integrantes da organização assumem o compromisso de alcançar. Exige-se, assim, além do envolvimento de todos os setores, o comprometimento pessoal de cada um na busca desse futuro novo e promissor.
Nosso Projeto, como qualquer outro, não é tema acabado, nem assume forma definitiva, pois é de sua natureza intrínseca, não escapar à historicidade, à contingência de um mundo em constante transformação. A permanente revisão é parte integrante do processo, permitindo assim, a inclusão de novas idéias e soluções, num dinamismo constante, para que a Instituição atinja seus objetivos na construção do saber integral com disciplina e honra.


A chegada de novas máquinas às indústrias está substituindo o trabalho de muitas pessoas. Hoje só consegue emprego mais qualificado quem tem uma boa formação escolar e profissional. Para formar cidadãos para novos tempos, os conteúdos e o ensino das disciplinas terão que ser adaptados. O Brasil está mudando rapidamente, e isto diz respeito diretamente à educação.
Nesta concepção de educação, nossa finalidade é trabalhar a capacidade do alunado, possibilitando – lhes capazes de analisar, compreender e intervir na realidade, visando o bem-estar do homem, no plano pessoal e coletivo.
Para tanto, o processo educativo deve contribuir para o desenvolvimento da criatividade, do espírito crítico, da capacidade de análise e síntese, do autoconhecimento, da sociabilidade, da autonomia e da responsabilidade para o exercício da cidadania, da preservação da natureza, da saúde e da sexualidade. Desta forma é possível à formação de um homem com aptidões e atitudes para colocar-se a serviço do bem comum, possuir espírito solidário, sentir o gosto pelo saber, dispor-se a conhecer-se, a desenvolver a capacidade afetiva, possuir visão inovadora.
Formar políticos honestos, cidadãos cumpridores de suas obrigações, bons pais e mães, homens e mulheres sem preconceitos, que ajudarão a escola a cumprir o papel de formar alunos.
Com visão de melhoria da qualidade de vida e de defesa dos direitos de pessoas com deficiência, promovendo e articulando ações para a inclusão social, prevenção de doenças e orientação familiar, é que elaboramos nosso Projeto Político-Pedagógico ou Proposta Pedagógica.

II - Histórico da Escola
A Escola Especial Bem-Me-Quer é mantida pela APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Ituiutaba, integrante da Federação Nacional das APAES.
Foi criada em 13 de setembro de 1971, pela lei municipal n° 1.459, na gestão do Prefeito Municipal Dr. Álvaro Otávio Macedo de Andrade, com a denominação de Instituto Municipal de Educação de Excepcionais – IMEX, vinculado ao Departamento de Educação e Cultura da Municipalidade, com professores remunerados pela Prefeitura.
Foi declarada de Utilidade Pública Municipal, em 12.07.1972 pela lei n° 1534 na mesma gestão. Funcionou, inicialmente, com 4 salas de aula em acomodações cedidas pela Loja Maçônica Estrela Ituiutabana, nos fundos de seu prédio, na Rua 30 n°. 740. Na época, a entidade mantenedora era a Prefeitura Municipal de Ituiutaba.
Em agosto de 1972, teve suas instalações transferidas para a Rua 28, com melhores acomodações.  No início de 1974, o Rotary Clube local cedeu o prédio para o funcionamento da Escola, na Rua 36, n°. 595, Bairro Progresso.
De acordo com a lei nº 1759, de 3 de setembro de 1976, o IMEX recebeu sua 2ª denominação: Instituto Municipal de Educação Especial Bem-Me-Quer. A Prefeitura Municipal de Ituiutaba continuou como entidade mantenedora, contudo a Escola a ter o apoio da APAE local. Em 22 de fevereiro de 1978, pela lei n°. 1849, a Prefeitura Municipal autorizou a abertura de crédito especial para pagamento de subvenções à APAE de Ituiutaba.
Em 20 de junho de 1979, pela lei n°.1940, a Prefeitura Municipal autorizou a doação de imóvel do Patrimônio à APAE, para construção de sede própria. Imóvel urbano, definitivo, com área de 7.000 m2, cadastrado sob n° NE. 12.13.01.01, Bairro Universitário, Setor Norte, 100m de frente para a Rua Vereador Geraldo Moisés da Silva, 100 m de fundo, confrontando com terrenos da mesma Prefeitura e, finalmente, 70m do lado direito, confrontando com o prolongamento da Avenida Athaíde Quirino de Morais; sem benfeitorias. A doação foi feita na gestão do Prefeito Dr. Acácio Alves Cintra Sobrinho, no valor de Cr$ 12.750.000,00 (doze milhões, setecentos e cinquenta mil cruzeiros), em 11 de julho de 1979.
Por meio da lei n°. 2049, de 11 de fevereiro de 1981, a Prefeitura Municipal concedeu recursos para a construção da sede própria. Iniciou-se, então, a construção da sede própria, por meio de financiamento contratado pela APAE com a Caixa Econômica Federal, com recursos provenientes do FAS (Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social). O valor do financiamento foi estipulado em Cr$ 9.669,00 (nove milhões, seiscentos e sessenta e nove mil cruzeiros), com prazo de contrato de 3 anos de carência e 15 anos, a contar da data da escritura, 11.07.1979. Forma de pagamento: o saldo devedor acrescido das correções monetárias capitalizadas durante o período de carência, ou seja, até 30/06/84. Amortizado em 48 prestações trimestrais e sucessivas, nelas incluídos os juros convencionais, vencíveis no último dia de cada trimestre civil, operando-se o vencimento da 1ª em 30/09/84. O imóvel constante da matrícula n°. 4.125, ficou avaliado com o prédio a ser edificado, em Cr$ 13.872.000,00 (treze milhões, oitocentos e setenta e dois mil cruzeiros). Em todo o terreno, a área construída é de 1.164,21m2, construídos em alvenaria, com um pavimento de valor venal de Cr$ 582.108,00, ao qual foi concedida a Carta de “Habite-se” n° 29/82, nos termos da certidão do dia 28/01/82.
Em 1 de dezembro de 1982, pela lei n°. 20176, o Prefeito Acácio Alves Cintra Sobrinho autorizou o Poder Executivo Municipal a assumir a responsabilidade pelo pagamento do financiamento, contratado pela APAE, com a Caixa Econômica Federal.
Em julho de 1982, inaugurou-se a sede própria, e a Escola Bem-Me-Quer foi transferida para a Rua Vereador Geraldo Moisés da Silva n°. 69, Bairro Universitário, Setor Norte, onde permanece.

III – Situação Atual da Escola
A Escola especial Bem-Me-Quer é uma entidade particular, mantida pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Ituiutaba, e está autorizada a funcionar por meio da Resolução n°386/79, de 0811/1979/SEE.

IV - Diagnóstico
  • Necessidade de mais envolvimento dos pais na escola
  • Falta de espaço físico para salas de biblioteca, sala de professores e sala de supervisão.
  • Necessidade de mais entrosamento do corpo docente, administrativo e comunitário.

V - Definição do Problema Prioritário
O problema prioritário é a não participação, o não desenvolvimento e, muitas vezes, o desinteresse dos pais para com os filhos na escola.
Causados por:
  • Falta de autoridade sobre o filho;
  • Desinteresse do próprio aluno;
  • A indisponibilidade para participarem da vida dos filhos;
  • A sequência do trabalho, o envolvimento e a responsabilidade com a vida escolar;
  • A discriminação ou preconceito não só da sociedade, como também, do próprio aluno quanto à clientela da escola.



VI - Objetivos e Metas a serem Alcançados

Objetivo Geral:
      Oferecer ao aluno diversidade de atividades criativas, críticas e prazerosas, dando-lhe oportunidade para um bom desenvolvimento de suas potencialidades para que possa ser um cidadão digno e com direito de participação social, educacional e profissional, com qualidade de vida, de acordo com seu desempenho bio-psico-social.

ObjetivoS EspecíficoS:
  • Resgatar a autoestima.
  • Garantir condições de aprendizagem a todos os alunos seja por meio de incrementos na intervenção pedagógica ou de medidas extras que atendam às necessidades individuais.
  • Oportunizar a todos os alunos realizarem as aprendizagens fundamentais para o seu desenvolvimento e a interação social.
  • Participar dos melhores níveis de comunicação e interação com as pessoas com as quais convive na comunidade.
  • Encorajar, estimular e reforçar a comunicação, a participação, o sucesso, a iniciativa e o desempenho do aluno.
  • Atuar para eliminar sentimento de inferioridade, menos valia e fracasso.
  • Evitar sentimentos de superioridade, rejeição dos demais colegas ou de isolamento.
  • Oferecer modelos adequados e corretos de aprendizagem, evitando - se alternativas de aprendizagem por ensaio e erro.
  • Favorecer o bem-estar emocional.
  • Promoção de reuniões atrativas que garantam a presença e participação dos pais na escola;
  • Operacionalizar o currículo, como um recurso para promover o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos.
  • Despertar, incentivar e trabalhar as habilidades básicas, específicas e de gestão;
  • Desenvolver habilidades adaptativas: sociais, de comunicação, cuidado pessoal e autonomia.
  • Desenvolver habilidades que façam o aluno independente na higiene corporal e alimentação.
  • Oferecer condições de o aluno desenvolver a motricidade global.
  • Desenvolver hábitos de cortesia.
  • Desenvolver habilidades para execução de tarefas domésticas.
  • Promover a integração da criança no meio em que vive.
  • Oportunizar oportunidades de a criança brincar.
  • Ter uma imagem positiva de si, ampliando sua autoconfiança, identificando cada vez mais suas limitações e possibilidades e agindo de acordo com elas.
  • Oferecer condições ao aluno de identificar e compreender sua pertinência nos diversos grupos de que participam, respeitando suas regras básicas de convívio social e a diversidade que os compõe.
  • Organizar o processo educacional em ciclos.
  • Melhorar o aproveitamento do material didático.
  • Promover e articular ações para inclusão social e educacional.

VII - População Beneficiada
A Escola Especial Bem-Me-Quer tem por finalidade prestar atendimento especializado ao deficiente intelectual e/ou necessidades educativas especiais.

Deficiência Intelectual
Alunos com deficiência intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos 18 (dezoito) anos e limitações associadas em duas ou mais áreas das habilidades adaptativas: comunicação, cuidado pessoal, habilidades sociais, utilização dos recursos da comunidade, saúde e segurança, habilidades acadêmicas, lazer e trabalho.

Transtornos Globais do Desenvolvimento
Alunos da área dos Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) são os que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação e/ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico, Síndrome de Asperger, Síndrome de Rett, Transtorno Desintegrativo da Infância (psicoses) e Transtornos Invasivos sem outra especificação. Assim, o aluno da área dos TGD é aquele que apresenta, muitas vezes, dificuldades de adaptação escolar e de aprendizagem, associados ou não a limitações no processo de desenvolvimento biopsicossocial, com dificuldades de acompanhar as atividades curriculares e que requeiram atendimento especializado intenso e contínuo.

Deficiência Física Neuromotora - Associada às Múltiplas Deficiências
Alunos que utilizam cadeira de rodas ou outras órteses, por conseqüência de graves comprometimentos motores, decorrentes de seqüelas neurológicas, que causam dependências nas funções de locomoção, coordenação motora, higiene, alimentação e na comunicação, associadas a outras deficiências sensoriais e intelectuais.
Atualmente, a escola atende no turno Matutino 164 (cento e sessenta e quatro) alunos e no turno Vespertino 113 (cento e treze). Com somatória de 277 (duzentos e setenta e sete) alunos.

VIII - Da Assistência ao Aluno
  • A APAE dispõe de uma equipe técnica para atendimento das necessidades específicas de cada aluno.
  • Há salas recurso nas áreas de: Linguagem, Motricidade, Terapia Ocupacional, Fisioterapia, Psicologia, Pedagogia, Informática e Artes.
  • O aluno dispõe, ainda, de assistência médica e dentária.
  • O transporte escolar é feito em ônibus ou Vans cedido pela Prefeitura Municipal de Ituiutaba, e em casos de emergências (doença), pela perua Kombi da instituição, o mesmo é levado ao P. S. ou em domicilio.
  • Os conteúdos curriculares são adequados, de acordo com as necessidades dos alunos.
  • A avaliação é feita, diariamente, pelas observações do professor, fazendo – se o PDI do aluno para que possa atendê-lo com mais precisão em suas necessidades. O aluno é encaminhado por meio de relatório de evolução ou ficha individual, sem certificação.
  • As salas são compostas de 9 a 13 alunos e, quando se trata de crianças mais comprometidas, são atendidas individualmente ou em número reduzido por sala e, quando necessário, são feitos atendimentos específicos. Alguns alunos frequentam a escola por um período e outros frequentam apenas em atendimentos específicos.
  • As avaliações são feitas por toda a equipe responsável pelo trabalho. As aulas de artes são ministradas por um professor (a) em horários específicos. A educação física e recreação são realizadas na própria escola, como atividades extraclasses, e muitas delas, desenvolvidas em diversas modalidades, com a participação, em competição, com outra comunidade escolar.
  • O lanche é oferecido pela Merenda Escolar Municipal e com recursos próprios da instituição.
  • Além de ser trabalhada a parte acadêmica, são programadas, semanalmente, para cada sala, atividades lúdicas.

IX – Programação
A Escola de Educação Especial Bem-Me-Quer tem como modalidades: a Educação Infantil, a Estimulação Precoce, o Ensino Fundamental e a Educação de Jovens e Adultos. Visa assegurar um conjunto de ações, recursos e serviços educacionais especializados, organizados institucionalmente para apoiar, complementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns.
Embora diferenciados os serviços educacionais especiais não podem se desenvolve isoladamente. Integram – se em uma estratégia global de educação. A APAE visa apoiar o processo de aprendizagem, orientando o professor quanto aos procedimentos relativos à dinâmica da sala de aula e da rotina escolar.
Dessa forma preocupa - se com suas práticas: muda concepções, revê seu papel, reconhece e valoriza as diferenças em comprometer – se com o êxito dos processos de ensino e aprendizagem, a capacitação de seus profissionais e a oferta de recursos pedagógicos especiais aos alunos que deles necessitarem.
As medidas adaptativas nos níveis trabalhados são realizadas pelo professor e destinam-se, principalmente, à programação das atividades da sala de aula. Focalizam a organização e os procedimentos didático-pedagógicos e destacam como fazer a organização temporal dos componentes, dos conteúdos curriculares e a coordenação das atividades docentes, de modo que favoreça a efetiva participação e integração do aluno, bem como sua aprendizagem.
Os procedimentos de adaptação curricular destinado a essa turma podem ser assim exemplificados:
  • Os alunos são agrupados de modo que favoreça as relações sociais e processo de ensino e aprendizagem.
  • O trabalho do professor da sala de aula e dos professores de apoio, bem como às salas de AEE/ ou outros profissionais envolvidos é realizado de forma cooperativa, interativa e bem definido do ponto de vista de papéis, competência e coordenação.
  • Para a organização do espaço e dos aspectos físicos da sala de aula considera a funcionalidade, a boa utilização desses recursos.
  • A seleção, adaptação e utilização dos recursos materiais, equipamentos e mobiliários realizam-se de modo que favoreçam a aprendizagem de todos os alunos.
  • A organização do tempo é feita, considerando - se os serviços de apoio ao aluno e o respeito ao ritmo próprio de aprendizagem e desempenho de cada um.
  • A avaliação é flexível, de modo que considere a diversificação de critérios, de instrumentos, procedimentos e leve em conta diferentes situações de ensino e aprendizagem e as condições individuais dos alunos.
  • As metodologias, as atividades e os procedimentos de ensino são organizados e realizados levando-se em conta o nível de compreensão e a motivação dos alunos, os sistemas de comunicação de que se utilizam, favorecendo a experiência, a participação e o estímulo à expressão.
  • O planejamento é organizado de modo que contenha atividades amplas com diferentes níveis de dificuldades.
  • As atividades são realizadas de várias formas, com diferentes tipos de execução, envolvendo situações individuais e grupais cooperativamente, favorecendo comportamentos de ajuda mútua.
  • Os objetivos são acrescentados, eliminados ou adaptados, de modo que atendam às peculiaridades individuais e grupais na sala de aula.
  • As adaptações no nível da sala de aula visam possibilitar a real participação do aluno e sua aprendizagem eficiente no ambiente da escola de ensino regular. Consideram – se, inclusive, a organização do tempo, de modo a incluir as atividades destinadas ao atendimento especializado fora do horário de aula, muitas vezes necessários e indispensáveis ao aluno;
  • A Escola Bem-Me-Quer na elaboração de sua proposta está assegurada pelas leis vigentes do momento.

Depois de concluídos estudos e as sondagens, para a melhoria da aprendizagem do alunado, percebeu – se a necessidade de:
  • Mais reuniões com os pais, por bimestre, para expor a importância de sua participação na vida do filho;
  • Promover encontros para debates sobre valores e importância do aluno na escola;
  • Fazer visitas às residências dos alunos;
  • Articular propostas com visitas para garantir aos alunos uma aprendizagem significativa.
  • Usar estratégias de atuação que garantam a participação dos alunos.
  • Reflexão contínua do professor sobre sua prática educativa, com tomada de consciência de seus avanços, suas dificuldades e possibilidades;
  • Possibilitar aos professores a conscientização da importância da matemática no currículo, de seu papel, desenvolvimento de capacidades intelectuais, na estruturação do pensamento, na agilização do raciocínio do aluno e em sua aplicação a problemas, nas situações da vida cotidiana, nas atividades do mundo do trabalho e no apoio à construção de conhecimentos em outras áreas.
  • Criar condições para o desenvolvimento da cidadania, que deve ser entendida como uma qualificação do exercício da própria condição humana, para sustentação de sua existência social.
  • Trabalho na perspectiva do professor como um mediador competente entre o aluno e o conhecimento, alguém que crie situações de aprendizagem, provoque o desafio intelectual. Seu papel é o interlocutor que assinala, salienta, orienta e coordena.
  • Criar condições, concentrando na habilidade de comunicação que estimule a conscientização social, dando às crianças liberdades de falar de si mesma: seus conflitos, frustrações, raivas, medos, alegrias, bem como de discutir diversos temas de interesse de cada turma, como: amor, família, morte, comoções sociais na área emocional e social.
  • Criar oportunidades para explorar o mundo e estimular adequadamente o desenvolvimento da linguagem.
  • Apoiar o aluno na aquisição de novas habilidades motoras, da linguagem e do pensamento.
  • Oportunidade para desenvolver a independência e autonomia.
  • Apoio para aprender a controlar seu próprio comportamento.
  • Oportunidades para desenvolver habilidades motora, grossa e fina.
  • Encorajamento para exercitar a linguagem, por meio da fala, da leitura, do canto e da arte.
  • Oportunidade para aprender a cooperar, compartilhar, e experimentar por meio das habilidades de pré-escrita e pré-leitura.
  • Posicionar-se, de maneira crítica, responsável e construtiva, nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e tomar decisões coletivas.
  • Promover o registro documental das medidas adaptativas adotadas, para integrar o acervo documental do aluno.
  • A possibilidade de incluir professores especializados, serviços de apoio e outros, não convencionais, favorecerem o processo educacional;
  • Flexibilidade, isto é, a não obrigatoriedade de que todos os alunos atinjam o mesmo nível de conhecimento em um tempo determinado.
  • Introdução de atividades prévias que preparem o aluno para novas aprendizagens.
  • Possibilitar mais e melhor aproveitamento da oficina de marcenaria.
  • Adaptar o currículo, de acordo com as necessidades dos alunos.
  • Avaliação diária, feita pelo professor, por meio da observação.
  • Trabalhar com pré-projetos semanais ou quinzenais alusivos a datas comemorativas e significativas à comunidade escolar, respeitando valores e a cultura de cada um;
  • Implantar pré-projetos com grupos de teatro, música e dança, e realizar feiras expositivas das atividades realizadas e festivais concursos e competições, etc.
  • Desenvolver a habilidade de leitura.
  • Trabalhar para o bom desenvolvimento do letramento.
  • Desenvolver a habilidade de escrita.
  • Desenvolver o raciocínio lógico.
  • Desenvolver a atenção, concentração e memória.

X - Educação Infantil
A Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica e objetiva o desenvolvimento integral da criança nos aspectos físico, psicológico, intelectual e social (art.29 da LDB 1996). Este dispositivo evidencia a convicção de que o processo educacional inicia-se no nascimento da criança e realiza-se como um processo contínuo, que contribui para a formação do cidadão.
Nas escolas da APAE, a Educação Infantil realiza-se na fase I, organizada por meio de dois programas:


1.                  Programa de Educação Precoce
Define-se como programa educacional especializado, preventivo, destinado à criança na faixa etária de zero a três anos, com problemas evolutivos decorrentes de fatores genéticos, orgânicos ou ambientais.
Realiza-se por meio de atividades educacionais e psicopedagógicas desenvolvidas por profissionais qualificados e em colaboração com a família.
Este programa tem como finalidade precípua promover o desenvolvimento integral e o processo de aprendizagem da criança, de modo a ampliar suas perspectivas educacionais, sociais, cultural, bem como a melhoria da qualidade de vida pessoal, familiar e coletiva.
O programa objetiva, ainda, evitar o surgimento de sequelas adicionais (no caso de bebês de risco) e minimizar o efeito de deficiências ou defasagens já existentes.
São elegíveis para ingresso no programa as crianças:
  • Consideradas de risco.
  • Com deficiência mental e outras a ela associadas.
  • Com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor.

O programa de Educação Precoce realiza-se em parceria com a família, e sua operacionalização obedece a orientações teórico-metodológicas, pautadas no conhecimento de teorias sobre desenvolvimento infantil e construção do conhecimento de forma significativa, bem como na abordagem de crianças de risco e com necessidades especiais.
Exige educadores preparados e competentes para a realização, capacitados por profissionais de diferentes áreas, em uma abordagem interdisciplinar, nos diferentes aspectos do desenvolvimento.
O programa é desenvolvido por professores especializados, com apoio de equipe técnica interdisciplinar composta por um ou mais dos seguintes profissionais de acordo com as necessidades da criança: supervisor pedagógico, informática, artes, equoterapeuta, médico, psicólogo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta e terapeuta ocupacional.
Quando indicado, a criança deve ser atendida pelo especialista qualificado em sua área. No entanto, recomenda-se apenas um profissional, para facilitar a formação de vínculo afetivo, favorável ao desenvolvimento e à aprendizagem da criança.
O programa inicia-se após o nascimento, podendo prosseguir até os três anos e onze meses de idade. É oferecido nas escolas especiais, mas pode se realizar também em creches ou instituições congêneres da comunidade com o apoio da APAE.
O programa de educação precoce não costuma ser oferecido sistematicamente pelo poder Público, sendo rara sua oferta, mesmo nas grandes cidades. Constitui, portanto, uma significativa contribuição da APAE Educadora ao cumprimento à Constituição Federal.
Para a realização da educação precoce, a escola da APAE, baseia – se no Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (MEC/SEF 1998) que tem como eixo o brincar, como forma de construção e expressão do pensamento; o processo de interação e comunicação; o aprender e a socialização ao participar das atividades na escola, no lar e na comunidade.
Os programas de Educação Precoce devem integrar o cuidar e o valorizar a educação, como forma de desenvolvimento psico-afetivo, autonomia pessoal, moral, intelectual e desenvolvimento de competências. Dessa forma, o currículo da Educação Infantil deve abranger tanto a formação pessoal e social: identidade, autonomia, brincar, movimento, conhecimento de si e outros, como o conhecimento de mundo pela experiência e diferentes formas de linguagem e expressão (linguagem oral, corporal, literatura infantil, música e artes).

2.    Educação Pré-Escolar
Destinado às crianças de quatro a cinco anos de idade, a educação pré - escolar visa proporcionar condições adequadas e favoráveis a seu desenvolvimento, nas dimensões física, emocional, cognitiva e social. Contudo, a educação pré-escolar realiza-se como complementação da educação, não obrigatória nos sistemas educacionais. Consequentemente são incipientes as ofertas nas cidades brasileiras.
A APAE Educadora em sua Proposta Pedagógica reconhece a importância do processo educativo nos primeiros anos de vida para o desenvolvimento da criança. Esta relevância se torna mais significativa quando se trata de crianças com deficiência(s). Nesse caso, além da natureza educativa, confere-se ao programa um caráter preventivo.
Na Escola Especial APAE Educadora, é elegível para ingressar na educação pré-escolares crianças:
  • Do Programa de Educação Precoce da Escola APAE e de outras instituições;
  • Com deficiência intelectual associada ou não a outras deficiências;
  • Com atraso no desenvolvimento, caso não existam pré-escolas na comunidade.
A educação escolar proposta pela APAE Educadora orienta-se pelo Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil MEC/SEF, 1998 e por outras literaturas do gênero, um currículo flexível, com ajustes para atender, também, às peculiaridades das crianças.
Caso necessário, o programa pedagógico pode ser complementado com atendimentos especializados nas áreas: emocional cognitiva, psicomotora, fonoaudióloga, comportamental fisioterápica, etc.
O currículo, a avaliação e o programa pedagógico para alunos com múltipla deficiência contemplam adaptações, ajustes ou complementações que possibilitem a aprendizagem significativa e a participação do aluno nas atividades escolares.
A inclusão escolar dos alunos poderá ser realizada a qualquer momento, mediante documento de transferência para a pré-escola da rede regular de ensino. Recomenda-se que os critérios especificados no Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (MEC/SEF, 1998) sejam observados, ao proceder à inclusão escolar do aluno:

  • Condições e potencialidades de cada criança;
  • Idade cronológica;
  • Disponibilidade de recursos humanos e materiais na comunidade;
  • Estágio de desenvolvimento dos serviços de Educação Especial nas Unidades Federadas.

A Educação Infantil determina marcos temporais que indicam a idade de início e de finalização de seus níveis no processo educativo, correspondente à faixa etária de zero a cinco anos. Estes limites de idade são respeitados e válidos também para os educandos com necessidades educacionais especiais, uma vez que as pessoas com deficiência são, muitas vezes, tratadas como eternas crianças, a despeito de sua idade cronológica. Desse modo, a Educação Infantil e crianças com deficiência também se realiza na faixa etária de zero a cinco anos.
Ao finalizar a educação pré-escolar, o aluno, mediante um processo avaliativo, poderá ser encaminhado para o ensino fundamental nas escolas regulares da comunidade. Se indicado pela avaliação, ele pode permanecer matriculado na Escola Especial da APAE para continuidade de seu processo educacional.



XI - Ensino Fundamental
O ensino fundamental consolida-se na LDB, 1996 como primeiro nível de ensino da educação básica. Realizam-se por meio de conteúdos curriculares, que integram conhecimentos úteis ao exercício da cidadania, incorporados os valores éticos e estéticos e que contemplem a autoestima do aluno e as atitudes adequadas ao convívio social. Enfim, currículos que façam com que o educando comprometa-se com posturas relevantes para sua vida pessoal e coletiva.
Na estrutura operacional-funcional proposta pela APAE Educadora, o ensino fundamental realiza-se:

  • Fase II - por meio do ciclo da Escolarização Inicial para os educandos na faixa etária de sete a quatorze anos de idade;
  • Fase III - por meio do ciclo de Escolarização e Profissionalização com a oferta dos Programas de Escolarização de Jovens e Adultos e Programas Pedagógicos Específicos, de modo interdisciplinar com área de Formação Profissional.

Fase II- Escolarização Inicial
O programa de escolarização inicial objetiva contribuir com a formação integral do aluno por meio de sua escolarização. Contempla o 1° ciclo do ensino fundamental que tem por base para a construção de seus objetivos e definição de conteúdos a partir dos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental (MEC/SEF, 1998), com as devidas adaptações curriculares e complementares que se fizerem necessárias, bem como o desenvolvimento de currículos funcionais de acordo com as necessidades e peculiaridades dos educandos.
São elegíveis para ingresso na Fase II do ensino fundamental educandos com deficiência intelectual:
  • Egressos da pré-escola da APAE e de outras instituições especializadas;
  • Oriundos da comunidade com deficiência intelectual e outra(s) associada(s) a esta;
  • Encaminhados pelas escolas do sistema regular de ensino, indicado pelo processo avaliativo para esse atendimento.

No programa de escolarização da fase inicial do ensino fundamental, o aluno poderá ser transferido para escolas de ensino regular para prosseguimento de sua escolarização. Se indicado pelo processo avaliativo, poderá receber desta Escola Especial da APAE atendimento de apoio especializado, pedagógico e psicopedagógicos, bem como beneficiar-se de outros serviços disponíveis na entidade. É importante considerar, na transferência do aluno para o ensino regular, a observância do sistema de progressão adotado pela escola, uma vez que a terminalidade específica será concedida pela escola regular que receber o aluno.
A capacitação dos educadores deve estar voltada para diferentes aspectos da ação educativa: planejamento e execução das práticas pedagógicas, avaliação do processo ensino-aprendizagem e competência interpessoal. O processo avaliativo orienta-se para o conhecimento do educando, de modo a subsidiar a programação de ensino, a condução do processo de ensino e aprendizagem, a progressão escolar e o encaminhamento devido dos alunos.

Fase III- Escolarização e Profissionalização
A fase de escolarização e profissionalização é destinada a alunos acima de 14 anos de idade. Constitui-se em um ciclo de atendimento com três programas: Escolarização de Jovens e Adultos, Formação Profissional e Programas pedagógicos Específicos, que visam atender às necessidades e possibilidades do alunado.
A LDB, 1996 propõe a vinculação da educação com o mundo do trabalho: destaca a relação estreita entre a escolarização e a preparação para a vida produtiva. Assim, os currículos devem oferecer aos educandos portadores de deficiência oportunidades de desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao exercício profissional para o mundo do trabalho.
A educação profissional é uma modalidade educativa aberta a qualquer pessoa, considerando-se os níveis mais elevados de escolarização ou a condição de não-escolarização, decreto federal n°. 2.208 (artigo 3°, inciso I). Tendo em vista suas perspectivas escolares, a orientação da APAE Educadora consiste em oferecer aos alunos com deficiência intelectual educação profissional de nível básico, destinada “à qualificação, requalificação e reprofissionalização de trabalhadores, independentes de escolaridade prévia”, como preconiza o referido decreto, artigo 3°, inciso I.
O decreto prevê ainda o desenvolvimento da educação profissional de maneira articulada com o sistema regular de ensino ou outras modalidades que contemplem a possibilidade de educação continuada, realizando-se em estabelecimentos de ensino regular, instituições especializadas ou em ambientes de trabalho, art. 2°, condições possíveis e previstas na proposta da APAE Educadora. Sua concepção de educação profissional pode ser produzida no seguinte texto que

Em face da importância que o mundo do trabalho assume na vida da sociedade, em qualquer período histórico, a educação profissional, enquanto parcela da qualificação profissional adquirida dentro do processo formativo, é algo que vai além de ser um componente educativo, tornando-se também um direito de toda a população apta ao trabalho. (TEIXEIRA, 1997, p.26):

Nessa perspectiva, para o cumprimento de suas metas e de seus propósitos educativos e de acordo com a estrutura organizacionais proposta pela APAE Educadora, as escolas das APAES devem desenvolver, na Fase III, programas que visam à Educação para o trabalho, levando em conta a interatividade entre as modalidades de Educação Profissional e Educação de Jovens e Adultos.
A Fase III resolução SEE nº. 1.086/2008 propõe a continuidade da escolarização do educando no Ensino Fundamental/Educação de Jovens e Adultos, Formação Profissional (Iniciação para o Trabalho, Qualificação para o Trabalho, Colocação no Trabalho) e Programas Pedagógicos Específicos. São elegíveis para ingressar na Fase III do ensino fundamental para os atendimentos de Escolarização e Profissionalização os educandos portadores de deficiência intelectual:

  • Egressos dos programas da Fase II da APAE Educadora;
  • Transferidos de outras unidades da APAE ou de outras instituições;
  • Encaminhados pelas escolas regulares do sistema de ensino;
  • Oriundos da comunidade, sem escolarização anterior.

Para o desenvolvimento desses educandos, a APAE Educadora oferece programas educativos de natureza propedêutica, profissionalizante. Contudo atua com a rede regular de ensino, no caso de alunos indicados para a inclusão escolar e estabelece parcerias com a comunidade para a formação profissional, objetivando o desenvolvimento de habilidades e competências por meio do trabalho, em termos de preparo para a vida produtiva e inclusão social do aluno, como agente do processo.
Nesse sentido, a LDB, 1996 oferece fundamentos legais para concretizar o ideário apaeano que consiste em preparar o educando para o mundo do trabalho de maneira processual. Este processo inicia-se na Educação Infantil, perpassando o Ensino Fundamental e estendendo-se durante a trajetória da vida escolar e profissional do educando.
a)        Escolarização de Jovens e Adultos
A modalidade educativa para jovens e adultos fundamenta-se em princípios de natureza social, ética e política, considerando a importância dos preceitos legais que garantem o direito de ensino fundamental às pessoas de todas as faixas etárias, o beneficia os que ultrapassaram a idade da escolarização regular.
A Escola oferece na Fase III, programas, para educandos com idade a partir de 14 anos, que contemplem alfabetização e pós-alfabetização, para acesso ao conhecimento do 1° e 2° ciclo do ensino fundamental na modalidade de Educação de Jovens e Adultos. Estes programas caracterizam-se pela flexibilidade quanto à carga horária, à duração e aos componentes curriculares, próprios dessa modalidade educativa; Proposta Curricular - 1° segmento da Educação para Jovens e Adultos – Ribeiro, 1998.
A flexibilidade curricular revela-se, particularmente no atendimento às necessidades específicas de alunos portadores de deficiência. Pode-se depreender a importância desta adequação no seguinte texto da proposta curricular do MEC para jovens e adultos, uma vez que Ribeiro ressalta que

Qualquer projeto de educação fundamental orienta-se, implícita ou explicitamente, por concepções sobre o tipo de pessoa e de sociedade que se considera desejável, por julgamentos sobre quais elementos da cultura são mais valiosos e essenciais. O currículo é o lugar onde esses princípios gerais devem ser explicitados e sintetizados em objetivos que orientem a ação educativa. (1999, p.35)

A prática pedagógica da Escola no Programa de Escolarização de Jovens e Adultos, orientada pela APAE Educadora, baseia-se na proposta do MEC, que se organiza nas seguintes áreas: Língua Portuguesa, Matemática e Estudos da Sociedade e da Natureza (Ribeiro, 1999). Em cada área, sugere-se a definição de blocos de conteúdos, organizados em diferentes graus de aprofundamento, levando-se em conta a flexibilidade à seqüência da ação do ensino, dentre outros ajustes curriculares.
Os referenciais curriculares do MEC para Jovens e Adultos (Ribeiro, 1999) permitem considerar, ainda, os interesses e necessidades dos educandos na proposta de currículos da escola, como se pode observar na seguinte orientação referente aos conteúdos dos Estudos da Sociedade e da Natureza: “qualquer dos tópicos de conteúdos pode ser tratado com alunos iniciantes ou avançados, desde que se considere o grau de domínio que tenham da representação escrita ao lado da possibilidade de lançar mão de recursos audiovisuais e da interação oral”.
O programa de jovens e adultos da Escola de acordo com a APAE Educadora orienta-se, ainda, para a consideração do contexto sociocultural do aluno, visando o desenvolvimento de competências e habilidades que permitam ao aluno uma formação favorável à sua inserção na vida comunitária e ao mundo do trabalho. Deve contemplar conhecimentos acadêmicos adequados às suas condições pessoais, o domínio da leitura e da escrita, das operações matemáticas básicas e conhecimentos sobre a natureza e a sociedade.
O programa focaliza, ainda, conquistas na dimensão cognitiva, além do ensino de valores e atitudes sociais, bem como oportunizar a educação para a cidadania. Enfim, deve tornar possível para os educandos: “dominar instrumentos básicos da cultura letrada, que lhes permitam melhor compreender e atuar no mundo em que vivem.” (Ribeiro, 1999).

b)                 Formação profissional

A LDB atribui à Educação Profissional uma abrangência que se estende desde o reconhecimento do valor do que se aprendeu na escola e no próprio ambiente de trabalho, até a possibilidade de expandir a formação continuada. Segundo Carneiro (2000), o trabalhador pode ter a certificação de conclusão de seus estudos a partir dos conhecimentos adquiridos

[...] não se trata de ‘pagar’ disciplina(s), como se diz no jargão escolar, mas de desenvolver competências que assegurem o exercício criativo de um ofício, de uma tarefa ou de um trabalho. A certificação, portanto, vai resultar da capacidade que o aluno possui de operar os conhecimentos adquiridos. (p.32)

Considerando a legislação em vigor e as políticas de atenção à pessoa portadora de deficiência para a formação e a colocação no mundo do trabalho, o Movimento Apaeano desde 1997, vem ampliando e estruturando seus programas de formação profissional. A implantação do Plano Nacional de Educação Profissional e Colocação no Trabalho (PECT, Batista e Col., 1998) propiciou, além da ressignificação de conceitos, a quebra de paradigmas estigmatizantes, que se materializaram com iniciativas e ações que propiciaram a manifestação e o desenvolvimento das potencialidades da pessoa portadora de deficiência para o mundo do trabalho e, consequentemente, sua promoção e inclusão social.
A Escola, ao definir em sua estrutura níveis e modalidades de ensino, destaca a educação profissional como forma de propiciar o permanente desenvolvimento de aptidões e habilidades da pessoa portadora de deficiência para a vida produtiva.
A vinculação da educação profissional ao desenvolvimento de capacidades para a vida produtiva serve de base para as ações propostas pela escola quanto à formação do indivíduo. Desse modo, os currículos devem contemplar também o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao exercício profissional.
Por tratar-se de escola especializada e considerando a natureza dos educandos, as ações de educação profissional a serem realizadas desenvolvem-se de forma articulada, com metodologias diversas, envolvendo inclusive os ambientes de trabalho, possibilitando formas de qualificação diversificada, compatíveis com os níveis de escolaridade do educando. Considera, ainda, aqueles que não tiveram acesso ou condições de aprendizagem escolar, como lhes faculta a legislação vigente.
O programa de Formação Profissional na proposta da Escola considera três etapas:

  1. Iniciação para o Trabalho
  2. Qualificação para o Trabalho
  3. Colocação no Trabalho

1-   Iniciação para o Trabalho
A Iniciação para o trabalho caracteriza-se por contemplar ações voltadas para a identificação das potencialidades dos educandos, o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias à atividade laboral.
O programa para iniciação do trabalho deve propiciar oportunidades de vivências que desenvolvam habilidades e interesses do educando para o exercício de funções profissionais. Deve realizar-se de acordo com este projeto político-pedagógico, levando em conta as condições socioeconômicas e culturais da região e as variáveis organizacionais e contextuais, considerando-se viáveis as parcerias.

2-   Qualificação para o Trabalho
A qualificação para o trabalho é um programa que visa à qualificação do educando para o mundo do trabalho, considerando ou não seu nível de escolaridade. Realiza-se por meio de cursos de habilitação profissional de nível básico, na Escola ou em agências formadoras, na comunidade, e de treinamento profissional também na escola ou em ambientes reais de trabalho.
Considerando que os programas de iniciação para o trabalho quanto os de qualificação profissional priorizam o desenvolvimento de habilidades e competências relativas ao pensar, ao fazer e ao agir, relacionadas a conhecimentos, atitudes e práticas do trabalho, é imprescindível que, ao implantar ou programar os programas de profissionalização se considere as expectativas do mercado e, principalmente, as potencialidades, aptidões, interesses e aspirações dos alunos. Não se trata de reduzir os conteúdos apenas ao aspecto funcional ou operacional do trabalho, mas também propiciar conhecimentos que contribuam para a compreensão da cultura do trabalho, associado a conhecimentos filosóficos, éticos, estéticos que permitam a pessoa portadora de deficiência o exercício de sua cidadania.

3-   Colocação no Trabalho
A Colocação no Trabalho consiste na inserção do educando em alguma atividade laborativa, primordialmente competitiva, e sempre condizente com as condições físicas, aspirações pessoais e o potencial do educando, assim como as possibilidades existentes na comunidade.
Os programas de qualificação, além de contribuir para a formação, devem desdobrar-se em ações que visam à colocação da pessoa portadora de deficiência no mundo do trabalho. Esta ação possibilita a concretização da validade e eficiência de todo o processo de educação profissional.
Desse modo, propõe-se a Colocação no Trabalho nas seguintes possibilidades: emprego competitivo, apoiado e não-apoiado, e trabalho autônomo.

·         Emprego Competitivo Apoiado – é a modalidade de emprego em que o aprendiz necessita de um mais apoio em razão de particularidades de sua deficiência que pode ser de ordem física, intelectual, sensorial, múltipla ou ainda social.

·         Emprego Competitivo Não-Apoiado (Tradicional) – consiste fundamentalmente em auxiliar o aprendiz na busca de uma atividade profissional, de acordo com o perfil solicitado pelo empregador, para o qual não necessita de apoio especializado.


·         Trabalho Autônomo – caracteriza-se pela atuação profissional sem vínculo empregatício. Este envolve administração de recursos, aquisição de encomendas e comercialização, marketing e vendas.


A colocação no trabalho exige que se realizem pesquisas de mercado, visando à formação de um cadastro das empresas da comunidade. As pesquisas são orientadas não só para os cursos a serem oferecidos, estágios e empregos para os aprendizes.
Os alunos maiores de 14 anos com deficiência intelectual, associada ou não a outras deficiências, contam ainda com projetos especiais de caráter laborativo desenvolvido por ações institucionais pela mantenedora, como por exemplo: oficina protegida de produção, terapêutica e centro de artes, esporte e lazer, em atendimento ao Decreto n° 3.298, art. 34, §§ 4º e 5º e ações comunitárias (cooperativas, microempresas, indústrias caseiras, centros de convivência).

c)                  Programas Pedagógicos Específicos
Os Programas Pedagógicos Específicos inserem-se nesta proposta curricular, destinando-se aos educandos, a partir de 14 anos de idade com deficiência intelectual, associada ou não a outras deficiências. São alunos que por apresentarem alterações profundas no processo de desenvolvimento aprendizagem e adaptação social requerem uma proposta educacional diferenciada que atenda às suas necessidades específicas.

EJA
São elegíveis para esses programas os alunos:

·         Oriundos do programa de escolarização inicial da Escola;
·         Transferidos de outras unidades da APAE e outras instituições congêneres;
·         Oriundos da comunidade, sem escolarização anterior;

Para este grupo de alunos, é indicada a construção de um currículo funcional, cuja finalidade é desenvolver ações educativas que enfatizam o desenvolvimento de capacidades / habilidades que os tornem independentes, produtivos e consequentemente mais aceitos socialmente, contemplando:
·         A escolarização formal – com adaptações curriculares significativas e ênfase nas atividades de arte, cultura e lazer.
·         O domínio da vida diária – caracteriza-se pela autonomia no lar, na escola e na comunidade.
·         O domínio laborativo – este domínio inclui: a ocupação no lar e a iniciação para o trabalho.

Na construção do currículo funcional deve-se considerar:
·         As habilidades acadêmicas desenvolvidas  na escolarização formal, que devem ser aplicadas em situações reais quando requeridas;
·         As diretrizes curriculares levando-se em consideração o planejamento, sob a forma de atividades, o respeito aos interesses e preferências do educando, valorização da participação do aluno e da família.

XII – Ações e Tarefas / responsabilidades
  • Promover reuniões com pais, com o objetivo de conscientizá-los a participarem do processo educacional de seu filho, mostrando-lhes o processo evolutivo acadêmico para atender as necessidades individuais ou coletivas.
  • Elaborar convites e bilhetes, comunicando-lhes sobre as reuniões acadêmicas, festivas e outras, quando necessário.
  • A equipe de professores é responsável pela preparação, organização e execução de pré-projetos e as tarefas são atribuídas, respeitando-se habilidades e disponibilidades.
  • As visitas às famílias serão feitas pela Assistente Social e, se necessário, acompanhada pelo professor.
  • Promover encontros pedagógicos para acrescentar conhecimentos e métodos que subsidiarão melhores atendimentos ao aluno.
  • Sensibilizar o aluno sobre a importância e o compromisso, para melhor aproveitamento dos conteúdos trabalhados.
  • Será de responsabilidade de o técnico oferecer suporte ao professor e aluno na sua especialidade.
  • A promoção das ações inclusivas será de responsabilidade de professores, especialistas, serviçais, direção e equipe técnica.

XIII – Recursos e Orçamentos
A operacionalização deste projeto elaborado pela Escola, necessitará de recursos humanos, materiais e financeiros.
Recursos humanos: Virão da diretoria mantenedora – APAE, de convênios firmados com o Município e Estado para sessão de pessoal e contratado pela própria APAE, com próprios recursos.
Recursos Financeiros: Campanhas na comunidade e parcerias.
Recursos Materiais: Adquiridos por meio de Projetos junto ao MEC/FNDE, doações e recursos da comunidade.

XIV – Cronograma e Execução
Será executado sem previsão de tempo.

XV – Avaliação INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O projeto político pedagógico construído pela nossa escola é constantemente avaliado, tendo em vista que não é estático, nunca está pronto, acabado. Para isso, é reunida a comunidade escolar para discussão e aprimoramento deste, sempre que  sentimos necessidade  devido  às  mudanças  de  concepção,  aspectos  teóricos,  práticos  e  de organização pedagógica e administrativa.



Ituiutaba, 20 de Março de 2013



______________________________________________________________
Lady Gouveia Pires
- Diretora -

XVI - REFERÊNCIAS

AGUIAR, José Márcio de. Diretrizes e bases da Educação Nacional. Belo Horizonte: Lâncer, 2002.

ALVES, Rubem. Filosofia da Ciência. 13. ed. São Paulo: Brasiliense, 1990.

ANDRADE, Maria Margarida. Introdução à Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 1999.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 1988.

BRASIL. Lei Federal nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Diário Oficial da União, 23 dez. 1996.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Parecer CEB 22/98, aprovado em 17 de Dezembro de 1998/Resolução CEB nº 1, de 7 de abril de 1999.

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC, 1998.

BRASIL. MEC. Secretaria de Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC, 1997.

BRASIL. Lei 8069 de 13 de julho de 1990. Estatuto da criança e do adolescente. São Paulo: Imprensa oficial, [s.d.].

COLL, César. Psicologia e currículo: uma aproximação psicopedagógica à elaboração do currículo escolar. 2. ed. São Paulo: Ática, 1997.

DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2000.

Federação Nacional das APAEs. Metodologias aplicadas na educação profissional de pessoas com deficiência mental e múltipla. Brasília: FENAPAEs, 2005.

Federação Nacional das APAEs. Educação Profissional e Trabalho para pessoas com deficiências intelectual e múltipla: Plano orientador para gestores e profissionais. Brasília: FENAPAEs, 2007.

FERREIRO, Emília. Com todas as letras. São Paulo: Cortez, 1993.

FREINET, Célestin. Pedagogia do bom senso. São Paulo: Martins Fontes, 1985.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação. São Paulo: UNES, 2000.

_____. A sombra dessa mangueira. 2. ed. São Paulo: Olho D’Água, 1999.

_____. Pedagogia do oprimido. 35. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1987.

_____ . Pedagogia da autonomia. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.

LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública: A pedagogia crítico-social dos conteúdos. 20ª. Ed. São Paulo: Loyola, 1985.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1993.

PIAGET, Jean. A noção de tempo na criança. Rio de Janeiro: Record, [s. d.].

REVISTA NOVA ESCOLA. Publicação da Fundação Victor Civita. Como a criança aprende segundo Freinet. Ano IX, n. 74, abr., 1994, p. 24-28.

RIBEIRO, V. M. M. Educação para Jovens e Adultos: ensino fundamental – proposta curricular – 1º Regimento. São Paulo, Ação Educativa; Brasília: MEC, 1999.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 21. ed. Rev. e Ampl. São Paulo: Cortez, 2000.

TEIXEIRA. Zuleide Araújo, PEREIRA, Eva Waisros. A educação básica redimencionada. In: BRZEZINSKI, Ìria. LDB interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São Paulo: Cortez, 1997.
.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento: projeto de ensino- aprendizagem e projeto político-pedagógico. 10. ed. São Paulo: Libertad, 2002.

_____. Construção do conhecimento em sala de aula. 13. ed. São Paulo: Libertad, 2002.

VYGOTSKY, L. S. Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1996 – 2a. parte.








 












 







ÁREA EDUCACIONAL


1. OBJETIVOS

I. Desenvolver com os alunos a consciência de seus deveres e direitos, tornando-os agentes transformadores para atuação numa sociedade democrática;
II. Envolver o aluno no processo ensino-aprendizagem, como agente no processo de construção e condução do saber;
III. Desenvolver com o aluno o conceito de pessoa como sujeito de sua história, livre e capaz de conceber-se, num projeto de transformação social e que, consciente de sua situação histórica, age e interage de forma crítica, sendo capaz de ser solidário, fraterno, de amar e ser amado, e reconhecendo para suas semelhantes igualdades de direitos, deveres e oportunidades;
IV. Tornar o aluno membro da sociedade onde ele exercite os valores de liberdade, justiça e dignidade, contribuindo para que a sociedade conceba a participação como alicerce da prática democrática, igualitária, sem discriminação de raça, cor, sexo, estigmas, ideologia, credo religioso e outras situações de discriminação;
V. Preparar o aluno para o desafio do trabalho a fim de exercer suas atividades num processo histórico e de participação comunitária;
VI. Proporcionar ao aluno exemplos de vida comunitária e fraterna por meio de vivência e ações de toda a comunidade educativa;
VII. Proporcionar ao educando uma formação integral, como elemento de auto-realização, preparação para o trabalho e a formação básica como cidadão, mediante o exercício efetivo dessa condição, numa perspectiva de aprender a aprender sempre.
VIII. Prever e prover Projeto Político Pedagógico, de forma a contemplar os princípios da educação inclusiva, garantindo o acesso, a permanência e o sucesso de todos os alunos.

DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS
A Escola Especial Bem Me Quer APAE da cidade de Ituiutaba/MG, trabalha de acordo com Secretaria de Estado de Educação, seguindo as normas da Legislação. Autorizada para funcionar com Educação Infantil, Ensino Fundamental – séries iniciais Constituição Federal de 1988, * Política Nacional para a Integração da Pessoa com Deficiência – Lei nº7. 835 de 1989; * Decreto nº3. 298/99, que Regulamentar a Lei nº7.853/89; Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069, de 1990 Lei  de Diretrizes  e Bases  da Educação Nacional – Lei nº 9.394 de 1996  - Parâmetros Curriculares Nacionais ( PCNs), MEC, 1997; Decreto nº 2.208, de 17 de abril de 1997. Diretrizes  Nacionais  de Ensino Fundamental , CEB Nº 2 , DE 7 de abril  de 1999; e Educação de Jovens e Adultos – séries iniciais Diretrizes  Nacionais  de Educação de Jovens e Adultos, CNE / CEB de 5 de julho de 2000;Plano Nacional de Educação  nº10.172, de 2011
O Projeto Político Pedagógico foi elaborado com a participação da equipe pedagógica e da equipe clínica. O percurso escolar foi oferecido desde a Educação Infantil com 73 alunos, Ensino Fundamental com 65 alunos.
Quanto à Inclusão de alunos no ensino regular, a entidade oferece apoio nos diversos setores de acordo com a necessidade do incluído. Presta auxílio aos professores no modo de trabalhar com os incluídos quando é procurada pelas escolas regulares.


Foram para inclusão em 2012: 16 alunos com deficiência intelectual  


O trabalho na APAE é desenvolvido da seguinte forma:

  • Estimulação Precoce: para crianças de 0 a 3 anos (Diagnóstico, Orientação Familiar, Estimulação Sensoriomotor, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Assistência: Social, Psicológica e Pedagógica).

  • Escolaridade: Pré-escolar (4 e 5 anos); Ensino Fundamental (6 a 14 anos) e Educação de Jovens e Adultos (a partir de 15 anos): para alunos com dificuldade intelectual através de Ensino Especial (Diagnóstico, Orientação Familiar, Classe Especial, Psicomotricidade, Educação Física, Oficinas Pedagógicas, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Assistência: Social, Psicológica e Pedagógica).

  • Educação Profissional: Iniciação, Preparação e Colocação no Mercado de Trabalho



A área Educacional abrange os serviços/ programas:

  • Classes Especiais e Supervisão Pedagógica
  • Núcleo de Atendimento ao Autista
  • Educação Física
  • Artes
  • Laboratório de Informática
  • Re-educação Pedagógica
  • Psicomotricidade
  • Alimentação
  • Tecnologias assistivas

1. CLASSES ESPECIAIS E SUPERVISÃO PEDAGÓGICA
           
1.1. Identificação

Visa o desenvolvimento integral e a evolução progressiva das etapas do processo ensino-pedagógico dos alunos e alunas que apresentam defasagem nos níveis cognitivos e psicomotor, oferecendo atividades que promovam a independência total ou parcial com respostas positivas e adequadas aos estímulos em diversas áreas, formando assim um cidadão crítico e participativo.
Esse trabalho é realizado em conjunto com a Supervisão Pedagógica, que objetiva estabelecer um trabalho cooperativo, dinâmico e integrado com toda a comunidade escolar.
Em 2012 analisou com a equipe pedagógica resultados das avaliações, identificou as necessidades de melhoria no processo ensino-aprendizagem. Apresentou à família os resultados de aproveitamento do aluno. O trabalho é desenvolvido por profissionais habilitados, com pós-graduação em Educação Especial, cursos de aperfeiçoamento e vários anos de experiências.


1.2. Público Alvo (quantificar)
Alunos com deficiência intelectual ou com deficiência múltipla, da APAE de Ituiutaba.

1.3. Capacidade de Atendimento (quantificar)
12 alunos por turma

1.4. Recursos Humanos Envolvidos (quantificar)
Professores, Supervisora Pedagógica, Direção, Psicóloga, Fonoaudióloga, Fisioterapeuta, Terapeuta Ocupacional, Assistente Social, Equipe Administrativa.

2. NÚCLEO DE ATENDIMENTO AO AUTISMO

2.1. Identificação O atendimento ocorre através  do método psicoeducacional TEACCH, talhado para as necessidades  individuais de aprendizado de indivíduos autistas e com obstáculos da comunicação baseado no desenvolvimento  das habilidades  do cotidiano.

2.2. OBJETIVO GERAL: São basicamente dez, a saber:
1.      Ensinar a relação entre causa e efeito;
2.      Incentivar a comunicação;
3.      Ensinar habilidades para a vida adulta;
4.      Promover o máximo de independência reduzindo a ajuda do adulto;
5.      Promover a clareza e sinalização do ambiente e tarefas;
6.      Apresentar visualmente instruções;
7.      Organizar a noção de fim;
8.      Manter a rotina com flexibilidade;
9.      Ensinar habilidades em situações as mais próximas das naturais.

2.3. CONCEITO: O autismo é uma disjunção global do desenvolvimento. É uma alteração que afeta a capacidade de comunicação do individuo, de socialização (estabelecer relacionamentos) e no uso da imaginação (comportamento e/ ou interesse). Intervenção Método TEACCH.

2.4. DESENVOLVIMENTO: O Núcleo teve início na data de Fevereiro de 1997 onde organizou o espaço para o atendimento. Capacitaram os professores e profissionais que atuaram diretamente nesta área e confeccionou e/ou adquiriu material pedagógico.

2.5. Público Alvo (quantificar):
Alunos com deficiência intelectual ou com deficiência múltipla, da APAE de Ituiutaba

2.6. Capacidade de atendimento (quantificar):
São atendidos 12 indivíduos, sendo 05 no período matutino e 07 no período vespertino

2.7. Recursos Humanos envolvidos (quantificar):

PROFISSIONAL
QUANTIDADE
FORMAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO
Professores
03
03
-
Psicóloga
01
01
01
Terapeuta Ocupacional
01
01
01
01
01
01
Fisioterapeuta
01
01
01
Fonoaudióloga
01
01
01
Pedagoga
01
01
01



3. EDUCAÇÃO FÍSICA

3.2. OBJETIVO GERAL: A Educação Física e o esporte nesta instituição visam desenvolver competências cognitiva, cultural e social suficientes para garantir uma vida de qualidade às pessoas com deficiência como para quaisquer outras pessoas e através dos Esportes Adaptados trabalhar não só a competição, a interdisciplinaridades com as disciplinas do currículo, a cooperação e a inclusão de nossos alunos na sociedade .

3.3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
  • Possibilitar ao educando a busca do conhecimento físico e cultural e a tomada de consciência do próprio corpo;
  • Promover através das atividades recreativas o desenvolvimento físico, emocional, mental e social do aluno;
  • Criar o hábito de práticas recreativas para o aproveitamento das horas de lazer;
  • Desenvolver as qualidades físicas: força, resistência, equilíbrio, agilidade e ritmo respeitando os limites de cada um.
  • Potencializar a expressão corporal e o respeito aos outros.

3.4. DESENVOLVIMENTO:
As aulas de Educação Física são ministradas com todos os alunos da educação infantil (4 a 5 anos), Ensino Fundamental (séries iniciais), EJA, Oficinas Pedagógicas/ Terapêuticas, nos turnos matutino e vespertino com professor habilitado em vários cursos de aperfeiçoamento e vários anos de experiência na APAE.


Atividades previstas para realização durante o ano
  • Campeonatos esportivos; jogos estudantis; olimpíadas das APAEs; maratonas de atletismo; apresentação de danças.
  • Modalidade esportiva: Gincana, Festival de Natação e Maratona de Atletismo.
  • Local de realização: APAE de Ituiutaba; APAEs regionais; Ginásios poliesportivos da cidade.
  • Data: Gincana/ outubro Festival de Natação / Novembro.
  • Participantes: Alunos da Escola/ e ou de outras escolas regulares.

Gincana envolvendo a APAE e escolas parceiras.
Local de Realização: APAE e Colégio Santa Teresa, APAE e Rotary e APAE e CAIC.
Data: Maio / Agosto / Novembro
Participantes: Alunos das escolas
Local: Ginásio poliesportivo da cidade.
            
3.2. Público Alvo (quantificar):
Alunos com deficiência intelectual/ ou com deficiência múltipla da APAE de Ituiutaba.


3.3. Capacidade de atendimento (quantificar):
141  Alunos

3.4. Recursos Humanos envolvidos (quantificar):
Professor de Educação Física, Professores regentes, Supervisão, Equipe Administrativa

4. ARTES

4.1. Identificação
4.2. OBJETIVO GERAL: Propiciar o desenvolvimento do pensamento artístico no nível individual e coletivo, a fim de estimular e potencializar a sensibilidade, percepção e imaginação, de modo que possa ampliar a capacidade de comunicar, de intervir e construir por meio das múltiplas linguagens que compõe a Arte.

4.3. ESPECÍFICOS: utilizar – se da dança com a ferramenta para aquisição da consciência corporal e compreensão de sua capacidade de movimento. Criar e perceber diferentes formas visuais, desenho, pintura, colagem, fotografia, modelagem, vídeos, reciclagem, entre outras. Promover por meio da música, brincadeiras, jogos, dança e ampliar as possibilidades de trabalhos artísticos utilizando a linguagem musical. Propiciar atividades de teatro de modo que sejam desenvolvidas capacidades expressivas e artísticas, bem como promover a participação dos alunos em eventos dentro e fora da escola contribuindo para a inclusão social.  

4.4. DESENVOLVIMENTO:
Os conteúdos em Artes desenvolvidos na escola são orientados pelo Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, pelos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, também são utilizados como referência outros documentos propostos pela Federação das Apaes e adaptados a realidade de nossos alunos.
As aulas de Artes são realizadas semanalmente, com alguns atendimentos individuais, os outros atendimentos são em grupos que variam de 02 a 12 alunos, podendo ser definidos por habilidades e por faixa etária.

4.5. ÁREAS TRABALHADAS E ATIVIDADES PROPOSTAS:
·         Artes visuais: modelagem, colagem, montagem, desenhos, cores, formas diversificadas, texturas, pintura, recortes, reciclagens, artesanato, etc...
·         Dança: sequência de movimentos, coreografia, dança livre, brincadeiras rítmicas, etc...
·         Música: Cantigas de roda, músicas variadas e de repertório variado, exploração de  diferentes ritmos musicais, acompanhar as músicas com bandinhas feitas de sucatas, exploração sonora corporal.
·         Teatro: brincadeiras de faz de conta, jogos dramáticos, jogos de regras, memorização de falas e parlendas, dramatizar cotidiano e narrativas diversificadas, promover apresentações em datas comemorativas em eventos dentro e fora da escola, no mais, o que for surgindo no decorrer do ano iremos diversificando nossas atividades. 


Essas atividades serão desenvolvidas nas aulas de Artes, as quais deverão buscar integrar temáticas a áreas pedagógicas ao cotidiano e as datas comemorativas, de modo que as ações propostas também estejam de acordo com a necessidade do aluno e coerente com seu ciclo de vida.
Além dessas propostas de trabalho em Artes, desde 2011 é realizada uma parceria com a  Terapia Ocupacional em que está sendo desenvolvido também o Projeto Oriente Saúde e o Projeto Criarte (artesanato e reciclagem) no período matutino.

4.5. Público Alvo (quantificar):
Alunos com deficiência intelectual ou com deficiência múltipla, da APAE de Ituiutaba- MG.
Matutino: 65
Vespertino: 67
Total: 132 alunos.

4.6. Capacidade de atendimento (quantificar):
10 alunos

4.7. Recursos Humanos envolvidos (quantificar):
01 Professora de artes, Supervisão Pedagógica, Equipe Administrativa.


5. LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA
5.1. Identificação
O Laboratório de Informática visa preparar o aluno para o manuseio de computadores e se familiarizar com os meios tecnológicos.
Este trabalho proporciona ao aluno: identificar os componentes de microcomputadores e seus periféricos; usar adequadamente o mouse e o teclado; desenvolver habilidades tais como: ligar, desligar, abrir programas, acessar a internet, fazer pesquisas. Perceber a importância da tecnologia e praticidade em nossas vidas.
Foram desenvolvidos trabalhos com jogos educativos, atividades educativas em consonância com os conteúdos estudados nas salas de aula, pesquisa sobre assuntos estudados na sala de aula usando a Internet; curso de digitação; digitação de pequenos textos referentes a assuntos trabalhados no dia a dia. O Laboratório de Informática funciona no turno matutino e vespertino com profissionais que detém conhecimento na área e com experiência na APAE.

5.2. Público Alvo (quantificar)
Alunos com deficiência intelectual ou com deficiência múltipla, da APAE de Ituiutaba – MG

5.3. Capacidade de atendimento (quantificar)
  • Matutino: 72 alunos (grupos de 04) 01 vez por semana (30 min.)
  • Vespertino: 45 alunos (grupo de 04) 01 vez por semana (30 min.)

5.4. Recursos Humanos envolvidos (quantificar):
01 coordenadora de laboratório, Supervisão Pedagógica, professores regentes.
6. RE-EDUCAÇÃO PEDAGÓGICA

6.1. Identificação
A Re-educação Pedagógica é suporte para o trabalho da Sala de Aula, visa o fortalecimento do didático-pedagógico; aprimora as habilidades coletivas ou  individual do educando o que resulta no seu crescimento intelectual e social; possibilita ao educando crescimento nos estudos diários; realiza trabalho dinâmico interagindo com o professor regente; proporciona ao educando convivência saudável.
Detectou as dificuldades do aluno e em consonância com o professor da sala de aula desenvolveu atividades para saná-las e fez uso de material concreto e adequado às necessidades específicas de cada aluno. Confeccionou material didático pedagógico. Adquiriu jogos variados relacionados a alfabetização.
A Re-educação Pedagógica funciona nos turnos matutinos e vespertinos com professoras habilitadas em vários cursos de aperfeiçoamento e vários anos de experiência na APAE. Profissionais com curso superior e especialização em educação especial.


6.2. Público Alvo (quantificar):
Alunos com deficiência intelectual ou com deficiência múltipla, da APAE de Ituiutaba e das escolas municipais e estaduais e região.

6.3. Capacidade de atendimento (quantificar):
67 alunos

6.4. Recursos Humanos envolvidos (quantificar):
Professoras, Supervisão Pedagógica, Assistente Social, Equipe Administrativa


7. PSICOMOTRICIDADE

7.1. Identificação
Psicomotricidade é a integração das funções motrizes e mentais sob o efeito do desenvolvimento do sistema nervoso proporcionando ao educando oportunidades de desenvolvimento de suas habilidades motoras e cognitivas, levando-o sentir e perceber seu corpo em relação ao espaço ambiente.
Destacam-se as relações existentes entre a motricidade, a mente e a efetividade das pessoas. As atividades psicomotoras (coordenação geral estática e dinâmica) podem ser consideradas como ações a serviço da educação. Cuida do movimento ao mesmo tempo em que põem em jogo as funções intelectivas e a afetividade.
O trabalho de psicomotricidade foi desenvolvido em sala adequada e para algumas atividades foram utilizados o pátio e o auditório. A Psicomotricidade funcionou nos turnos matutinos e vespertinos com professoras habilitadas em vários cursos de aperfeiçoamento e experiência com o trabalho da APAE.

7.2. Público Alvo (quantificar):
Alunos com deficiência intelectual/ ou múltipla da APAE de Ituiutaba e de escolas da rede comum.

7.3. Capacidade de atendimento (quantificar):
Matutino: 36 alunos, 02 vezes por semana (01 hora/ aula)
Vespertino: 27 alunos, 02 vezes por semana, (01 hora/ aula)
7.4. Recursos Humanos envolvidos (quantificar):
Professoras, Supervisão Pedagógica, Assistente Social, Equipe Administrativa


8. ALIMENTAÇÃO

8.1. Identificação

Matutino: Leite ou iogurte/ almoço ou lanche reforçado.
Vespertino: Leite ou iogurte/ jantar ou lanche reforçado.

8.2. Público Alvo (quantificar):
320 Alunos com deficiência intelectual ou com deficiência múltipla, da APAE de Ituiutaba e familiares que moram na zona rural e frequentam o Clube de Mães.

8.3. Capacidade de atendimento (quantificar):
Alunos por horário de refeição 191 matutino/ 129 vespertino.

8.4. Recursos Humanos envolvidos (quantificar):
02 Cozinheiras, 01 Auxiliar de Cozinha, 05 Auxiliar de Serviços Gerais, 01 Assistente Social,  02 Psicóloga, 01 Enfermeira, Supervisão, Direção, Equipe Administrativa.





ÁREA DA SAÚDE

OBJETIVOS DA ÁREA DA SAÚDE

·         Participar do processo de avaliação, reavaliação, estudos de caso, em parceria com as equipes e profissionais da escola.
·         Introduzir e orientar os profissionais da escola e a família sobre a aquisição de hábitos de higiene em todas as situações (pessoal local de trabalho, família e comunidade).
·         Avaliar e atender o educando, individualmente ou em grupo.
·         Contribuir com orientação aos professores sobre os aspectos de desenvolvimento dos alunos para subsidiar a elaboração de planos de atividades a serem desenvolvidas na escola e com a família.
·         Encaminhar aos serviços adequados os educandos cujas necessidades específicas ultrapassem as possibilidades da instituição.
·         Realizar visitas domiciliares, tendo como objetivo o estudo psicossocial das famílias e dos alunos de forma individualizada ou grupal.
·         Desenvolver projetos e ações que visem à prevenção e manutenção da saúde.



DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS

A área da Saúde abrange os serviços, programas:
·         Enfermagem
·         Psicologia
·         Fisioterapia
·         Hidroterapia
·         Equoterapia
·         Terapia Ocupacional
·         Fonoaudiologia


1. ENFERMAGEM

1.1. Identificação

A Enfermagem é uma atividade voltada à prestação de serviços de maneira integral e colaborativa com toda a equipe, visando, principalmente, atender as necessidades do aluno em todo seu ciclo vital e respeitando a vida e a dignidade humana, atuando na promoção, proteção, recuperação e reabilitação da saúde de acordo com os preceitos éticos e legais. Acompanha encaminhamento de consultas médicas e exames, orientação aos profissionais da área da educação, orientações familiares e orientações em sala de aula individual e em grupo.

1.2. Público Alvo:
Alunos da APAE e familiares.

1.3. Capacidade de atendimento
320 pessoas com deficiência intelectual e múltipla

1.4. Recursos Humanos envolvidos
Enfermeira, Supervisão Pedagógica, Equipe Administrativa, Professoras, Assistente Social


2. PSICOLOGIA

2.1. Identificação

Os atendimentos de Psicologia visam descrever, explicar, prever e modificar o comportamento, bem como promover o bem-estar da pessoa com deficiência e de todos os envolvidos no tratamento da mesma.
Foram realizados encaminhamentos, relatórios, avaliações, atendimentos e orientações às famílias e/ou responsáveis pelos setores, atendimento individual e em grupo de acordo com a necessidade, orientação aos professores. Grupo de Orientação aos pais e/ ou responsáveis, psicomotricidade e reavaliação dos alunos para encaminhamento à escola regular.


2.2. Público Alvo:
São atendidos alunos da APAE e seus familiares e orientação aos professores.

2.3. Capacidade de atendimento
·         Psicodiagnósticos
·         Orientação de Pais e Professores
·         Psicomotricidade 
·         Psicoterapia  
·         Grupo de orientação de pais e ou/ responsáveis


Recursos Humanos envolvidos
Psicóloga, Professores, Equipe Administrativa e multidisciplinar.



3. FISIOTERAPIA

3.1. Identificação

A fisioterapia tem como objetivo a reabilitação de pessoas com necessidades especiais, com importante papel no desenvolvimento e recuperação de habilidades funcionais, motoras e neuropsicossociais, buscando independência e bem-estar, promovendo a integração familiar e social, além do trabalho de prevenção quando possível. Faz anamnese e avaliações de pacientes que são encaminhados para triagem na APAE. Realiza atendimentos individuais e em grupo, de acordo com o grau de deficiência do paciente. Orienta funcionários e familiares.


3.2. Público Alvo:
Pessoas com deficiência neurológica, ortopédica e reumatológica e com atraso no desenvolvimento motor.

3.3. Capacidade de atendimento
1048  atendimentos

3.4. Recursos Humanos envolvidos
Fisioterapeuta, Professores, Equipe Administrativa, Assistente Social.


4. EQUOTERAPIA
                                  
4.1. Identificação

Método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo em uma abordagem interdisciplinar nas áreas da saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência e/ou necessidades especiais.
A prática de Equoterapia visa: habilitar e reabilitar indivíduos que apresentem alterações do sistema músculo-esquelético, cardiorrespiratório, neurológico, visando sempre o restabelecimento das funções, a fim de melhorar a qualidade de vida dos pacientes, facilitando o processo de reintegração social.
Uma característica importante da equoterapia é o movimento tridimensional produzido pelo passo do cavalo. Essa atividade exige a participação do corpo inteiro, contribuindo assim, para o desenvolvimento da força, tônus muscular, flexibilidade, relaxamento, conscientização do próprio corpo, aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio, novas formas de socialização, autoconfiança e auto-estima. Foi implantado em outubro de 2010 e devidamente filiado a ANDE Brasil, onde a mesma capacitou os profissionais que atuam no Centro de Equoterapia.
O cavalo utilizado para a prática equoterápica foi doado voluntariamente por um cidadão da região. Também foram adquiridos acessórios para a execução das atividades. Os praticantes da equoterapia passaram por avaliação global pelos profissionais: médico, fisioterapeuta, Terapia Ocupacional e psicóloga. Para os alunos favoráveis à prática foi elaborado o plano de tratamento. Todos os alunos que praticam a equoterapia apresentaram Termo de Consentimento assinado pelos pais e ou pelo responsável. Orientou professores e família.




4.2. Público Alvo:
·         Pessoas com deficiência física e/ou intelectuais como:
·         Lesões neorológicas;
·         Patológicas ortopédicas;
·         Disfunções sensório-motores;
·         Distúrbios comportamentais de aprendizagem, emocionais.

4.3. Capacidade de atendimento
32  alunos

4.4. Recursos Humanos envolvidos
Fisioterapeuta, Psicóloga, Terapeuta Ocupacional, Instrutor de Equitação, Família, Direção, Assistente Social, Médico.



5. TERAPIA OCUPACIONAL

5.1. Identificação
A Terapia Ocupacional (T.O) é uma dos setores da APAE que auxilia no desenvolvimento das crianças, jovens e adultos que freqüentam a instituição. A Terapia Ocupacional busca a melhora da qualidade de vida do sujeito, visando autonomia e independência nas várias atividades do seu cotidiano (AVD – atividades e vida diárias, AVP – atividades de vida prática de lazer, e educacionais, de relacionamento), englobando os aspectos motor, cognitivo, de auto-cuidado e social (família, escola, trabalho, comunidade).
Para isso, oferece atividades previamente analisadas, adequadas as dificuldades e necessidades do indivíduo, e ao contexto em que vive, com o objetivo de ampliar o desenvolvimento global, prevenir incapacidades, auxiliar na aquisição de habilidades, na potencialização de capacidades e no desempenho de funções, podendo viabilizar adaptações para facilitar a independência do sujeito. Sendo assim, são realizadas avaliações, junto à equipe interdisciplinar para oferecimento de atendimentos, podendo ser individual ou em grupo, dependendo do caso.
Os atendimentos de Terapia Ocupacional na APAE são voltados para: atendimentos às crianças, jovens e adultos internos, que são realizados em grupo ou individual, enfocando dificuldades psicomotoras e de aprendizagem; atendimento de crianças da rede regular de ensino, como apoio as dificuldades de aprendizagem (em grupo ou individual); atendimento individual a crianças com comprometimento neorológico para habilitação, reabilitação (aprimoramento, manutenção, adaptação e potencialização de habilidades); acompanhamento do setor de estimulação precoce de crianças de 0 a 4 anos; acompanhamento do setor de educação Profissional (oficinas de artesanato a jovens e adultos) que favorece competências e potencialidades, permitindo aquisição de habilidades e responsabilidades; Acompanhamento do Método TEACCH, que se trata do tratamento e Educação de Autistas e de crianças com comprometimentos realizados à comunicação; realização do Projeto Oriente Saúde junto ao setor de Artes, realizado com um grupo da escola, com objetivos de trabalhar equilíbrio entre corpo e mente através de práticas corporais e danças circulares; e finalmente orientações à família.  

5.2. Público Alvo:
Pessoa com deficiência e seus familiares.

5.3. Capacidade de atendimento
320 alunos 6.914 atendimentos

5.4. Recursos Humanos envolvidos
Terapeuta Ocupacional, Professores, Supervisão Pedagógica, Direção, Assistente Social.


6. FONOAUDIOLOGIA

6.1. Identificação

O setor de fonoaudiologia desenvolve trabalhos ligados à fala, a aquisição, compreensão e estruturação da linguagem, voz, motricidade oral. Avalia individualmente o aluno a fim de conhecer melhor suas dificuldades e estabelecer o trabalho a ser desenvolvido.
A Fonoaudiologia visa: prevenir, habilitar e reabilitar os distúrbios da comunicação oral e escrita; aquisição, compreensão e estruturação da linguagem e motricidade orofacial.
Atendeu individualmente e também em grupo. Orientou à família a fim de informá-las sobre o trabalho a ser desenvolvido com o seu filho, destacando a importância da parceria com a mesma para se obter resultados satisfatórios.
Reuniu com os profissionais de outros setores para estabelecer projetos e trabalhos a serem desenvolvidos com o aluno atendido no setor. Orientou a escola comum sobre o trabalho a ser desenvolvido e a importância da parceria. Orientou as professoras da APAE conforme as necessidades e solicitações apresentadas. Fez avaliações de acordo com os encaminhamentos recebidos retornando à família, à escola a necessidade de atendimento ou não no setor.


6.2. Público Alvo:
Pessoas com deficiência, familiares e comunidade.

6.3. Capacidade de atendimento
3847 atendimentos
157 avaliações
410 orientações
6.4. Recursos Humanos envolvidos
Fonoaudiólogas, Professores, Assistente Social, Supervisão Pedagógica, Equipe Administrativa.





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